sexta-feira, 8 de julho de 2011

Aos últimos românticos...

(postado originalmente em 10 de agosto de 2010)

Aos que prezam os sentimentos, que fogem de bocas desconhecidas todas as noites. Aos que apreciam a beleza, mas se vêem envolvidos pela inteligência ou uma boa conversa. Aos que se apaixonam por pessoas, por personalidades e complexidades e não por corpos sem mente. Aos que sabem admirar um olhar, um sorriso. Aos que fazem mais do que beijar: Sabem abraçar, proteger, cuidar. Aos que não fingem que se importam; que se importam de verdade. Aos que são felizes fazendo alguém feliz. Aos que ligam de madrugada só para dizer que estão com saudade, que deixam um bilhete pela manhã só para imaginar o sorriso de quem lerá ao acordar. Aos que não sabem amar – não acredito que alguém saiba – e se esforçam para aprender. Aos que amam, lutam, caem, choram e continuam lutando, amando e caindo. Aos que não desistem. Aos que conseguem sentir o peito arder em fogo e calmaria na presença de alguém, nos momentos com alguém. Aos que sabem apreciar um filme visto de mãos dadas, um nascer ou pôr do sol visto a dois, uma brincadeira boba ou um passeio de carro que se torna imensamente mais especial só pela presença de alguém. Aos que sentem em coisas pequenas a felicidade que alguns buscam eternamente. Aos que acreditam no ‘para sempre’, embora ele talvez não exista. Aos que tiveram o coração despedaçado e insistem em tentar – até conseguir – colocá-lo no lugar. Aos que não entendem esse negócio engraçado que machuca, acalenta, queima e cuida, mas não sabem desistir dele. Aos que sentem a saudade apertando o peito e as lembranças fortalecendo a vontade de ter de novo. Ao que me entendem mesmo quando não consigo explicar a paz, a calma que sinto nos braços de alguém. Aos que amam e aos que são amados.
Aos últimos românticos, toda a minha admiração e respeito.

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